25 de maio de 2014

Reitoria da Unifesp presta homenagem ao Governador e ao Secretário Geral de Segurança do Estado de São Paulo.

No dia 21 de maio de 2014, aconteceu algo inesperado: A reitoria da Unifesp da atual gestão “Plural e Democrática” da Dra. Soraya Smaili homenageou o Governador do Estado Geraldo Alckmin e o  Secretário Estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, entre outros, na cerimônia de entrega do brasão da Escola Paulista de Medicina.
 
Perguntamos: como uma gestão que se intitula “Plural e Democrática” pode homenagear pessoas que mandam policiais da tropa de chopa agredir estudantes e professores, que comandam a Policia Militar que mata negros pobres todos os dias em morros e favelas? Além de inacreditável, isto é inaceitável!
 
A Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL) declara apoio aos estudantes da Unifesp que organizaram um ato Intercampi nesse dia de cerimônia, contra essas homenagens, e também aproveitamos para cobrar respostas da reitoria sobre o descaso com os assuntos da Permanência Estudantil e melhoria das condições de trabalho para técnicos e professores, prometidos em campanha pela atual reitora em 2013.

Nós, alunos, continuamos sofrendo com a precariedade fruto do REUNI (projeto de expansão sem verba das Universidades Federais), pensado pelo Governo do PT para atender as metas do Banco Mundial. Hoje o Brasil não investe nem 5% do seu PIB na Educação Pública, sendo que pelo menos desde 1997* os estudos indicam que precisaríamos de um mínimo de 10%!

Sem moradia estudantil ou creche para as universitárias que são mães, sem bandejão que comporte a demanda, sem transporte para todos os campi, sem bibliotecas com acervo suficiente, sem laboratórios adequados… o resultado não poderia ser diferente: altos índices de evasão anuais, que como no caso do campus de humanidades, em Guarulhos, já passa dos 50 %.



Esse homenagem e falta de compromisso da reitoria só nos alertam para necessidade de seguirmos lutando por outro projeto de educação e por outro projeto social.

19 de abril de 2014

Todo apoio à ocupação da Diretoria da UNESP Ilha Solteira



Mais uma vez os estudantes da UNESP estão em luta, seguindo o exemplo dos estudantes do campus de Rio Claro, dessa vez os estudantes de Ilha Solteira se levantam contra as injustiças da direção da faculdade.
Cerca de 49 alunos foram excluídos da moradia estudantil, sendo tais justificadas por conta de critérios meritocráticos, onde estes deveriam ter um rendimento de 70%. Mas sabemos que a realidade de cada estudante na universidade é diferente, alguns vieram de escola pública, outros de particulares, alguns trabalham outros não, por isso sabemos que alguns podem se dedicar integralmente aos estudos, e outros, como principalmente os estudantes da moradia não possuem esse privilégio.
A partir disso, os estudantes reunidos na moradia estudantil, decidiram por unanimidade a ocupação da Direção da Faculdade de Engenharia, onde as pautas principais são:
- Reunião com diretores para que esses alunos permaneçam na moradia.
- Regimento interno da moradia para que os alunos tenham autonomia total dos seus direitos.
- Avaliação socioeconômica de todos os alunos calouros necessitados pela moradia e alimentação
.
É importante destacar também que a moradia estudantil, possui vagas o suficiente para atender esses estudantes, mesmo assim a direção de forma autoritária os expulsou. Dessa forma a universidade se torna cada vez mais elitizada, excluindo todo restante da população de acessar o seu espaço que é público.
A ANEL repúdia a ação dos Diretores da Faculdade de Ilha Solteira, e a apoia mobilização dos estudantes.
SE MORAR É UM PRIVILÉGIO, OCUPAR É UM DEVER! NÃO A EXPULSÃO! FIM DO CRITÉRIO MERICOCRÁTICO JÁ!

12 de fevereiro de 2014

Vandalismo é o SUFOCO no metrô!

#Chega de Sufoco
 


Enquanto a bola rola.. não tem metrô, não tem escolas!


A copa do mundo é vendida a milhões de trabalhadores, estudantes, para a população em geral, como a válvula de escape para os problemas enfrentados no dia a dia. Que seriam minimizados pelo “crescimento da economia”, “investimento provocado pelo turismo”, com isso melhorando os sistemas de hotelaria local, fortalecendo a o comercio, gerando oportunidades para jovens e adultos, efetivando programas de moradia e principalmente, melhorando o setor de transporte público.
Este inclusive, para além dos estádios “padrão FIFA”, é a grande falácia do Governo Federal, e de todos os Governos Estaduais que se aliaram ao Governo do PT para propagandear entre a população o quão vantajosa era a Copa do Mundo, e quanto ela estaria a serviço dos trabalhadores e da população em geral.
Não foi qualquer a expectativa da população que em 2009, na época do sorteio das sub sedes da copa, a população enfeitada ocupou os grandes centros na esperança de ver sua cidade ser sorteada para receber não apenas o mega evento, mas também para ter todos os benefícios que ele dizia trazer.
Mas não demorou muito para que a população percebe-se para quem de fato estava sendo feita a Copa do Mundo, e qual seria o papel da população neste evento: o de expectadora dos diversos casos de corrupção padrão FIFA e do agravamento dos serviços mais básicos para a população.
 Para a população em geral sobrou o o acirramento da precarização da saúde pública, o descaso com a educação pública, descaso com moradores sendo retirados de suas casa sem a mínima garantia de remanejamento que considera-se seus locais de trabalhos, e a escola dos seus filhos, o caos no transporte público e o drama de quem necessita diariamente desse serviço, sem contar os acidentes e mortes de trabalhadores na construção dos estádios.

Para o governo somos "vândalos orquestrados"

Em São Paulo, assim como as demais cidades brasileiras, o tão esperado investimento para o transporte público não chegou sequer a sair como tinta da caneta do Governo Federal e dos grandes empresários. Só ficou na lábia dos tubarões que engordam cada vez mais com o desvio de dinheiro público, enquanto que apopulação padece.
E o resultado não poderia ser desse descaso não poderia ser outro que não o caos instaurado, como no que ocorreu no dia 04 deste mês, onde a população de São Paulo ficou quase 6 horas padecendo diante de uma pane no metrô, provocada pela manutenção precária dos trens, sucateamento e falta de investimento necessário, o que deixou 10 estações paralisada. E essa situação, já há tempos alertadas por trabalhadores e sindicato do metrô ao governo estadual, estava prevista e outras piores podem acontecer.

Mas diante da alerta daqueles que trabalham dia a dia no metrô de São Paulo, o Governo estadual e a prefeitura, ao invés de tomar medidas necessárias, preferiu culpar a população, que precisa deste transporte, acusando os milhares de trabalhadores de vândalos, e os responsabiliza-los de maneira bizarra pelo caos. Por que para o Governo, ficar na estação e dentro dos trens parados por horas, no calor, era preferível.
É por essas e outras que nós da ANELnão temos vergonha e medo de dizer que vândalo é o Governo do Estado que com seu descaso submete a população a situações como essa de sufoco.
Vândalo é a Prefeitura do PT que se lança como oposição mas está a serviço da mesma elite, dos mesmo empresários e dos mesmos interesses que o Governo do Estado de São Paulo.
Vândalos são O governo Dilma e FIFA não se envergonham de construir um mega evento paraa elite sobre o sangue de trabalhadores.
Nós da ANEL estamos do lado da população, estamos ao lado dos trabalhadores e da juventude, e fazemos coro junto com o sindicato dos metroviários que diz CHEGA DE SUFOCO, NÃO a privatização do metrô, por transportes públicos e estatais de qualidade e por passe livre!
Convidamos a juventude indignada do estado de São Paulo a vim conosco e com os trabalhadores nesta quinta feira, participar do grande ato CHEGA DE SUFOCO, as 16:30 no metrô Anhangabaú.



27 de janeiro de 2014

Bel Laurito do Coletivo Pra fazer diferente - UNICAMP, manda o recado direto do ato "Sem direitos, não vai ter Copa", em 25/01/2014:



ESSA UNIVERSIDADE É COLORIDA: TROTE RACISTA NA UNIFESP!


                                                                                                         Coletivo “Necessidade de Lutar”

Na sexta feira 17/01, estávamos todos reunidos em frente a UNIFESP- Baixada Santista, na recepção dos primeiros calouros 2014, em clima de felicidade, vimos muitas famílias chegando e muitos sorrisos nos rostos desses novos estudantes universitários, é tudo que se pode senti quando ingressamos em uma universidade pública, gratuita e de qualidade, mas só que não. Enfrentamos cotidianamente muitos problemas dentro e fora da universidade, como por exemplo, estrutura do campi precarizada, ar condicionado e elevadores quebrados, falta de segurança, falta creche... Esses novos calouros também vão se deparar com esses problemas e perceber que nem tudo é mil maravilhas no ensino público quando se tem que pagar aluguel caríssimo por que não temos moradia universitária.  Eis que além desses problemas, os calouros são recepcionados com a sutileza da opressão. Essa sexta-feira passada uma garota foi vitima de racismo! Enquanto estavam pintando os que já tinham se inscrito, um veterano joga tinta branca nessa caloura e diz "ESSA UNIVERSIDADE É BRANCA" e que " AGORA ELA (caloura) FICOU BRANCA".
Vivemos muito tempo de escravidão no país. E hoje depois de muita luta o racismo é crime, mas infelizmente nem por isso o país deixou de ser racista. Há mais de 50 anos o Apartheid na Africa do Sul acabou, depois de muitas exigências do movimento negro. E ainda vimos uma segregação e uma divisão entre brancos e negros. O índice de assassinatos de negros no Brasil é gritante, segundo o IPEA, os negros são 70% das vítimas de assassinatos no Brasil.
Em 2012 houve uma luta histórica do movimento que exigiu do governo cotas raciais nas universidades públicas. Foi uma conquista parcial pois sabemos que essa politica tem muitas limitações como a falta de assistência estudantil. Mas hoje os negros que são 4% dos estudantes de ensino superior, tem uma chance maior de entrar na universidade, já que teve uma pressão maior por conta do racismo em não ter uma escolaridade de qualidade. Quando passamos pelos corredores da UNIFESP ou entramos nas salas de aula vimos que a quantidade de estudantes negros é minima e ainda quando recebemos novos calouros a recepção é com preconceitos e opressão.

 Achamos que o lugar dos negros e de todos jovens é dentro da universidade mesmo sabendo que hoje ela é "branca" e elitista, lutaremos para que se torne de todas as cores e de acesso livre a população. Estamos cansados de trotes racistas, homofóbicos e machistas! Exigimos retratação do opressor! Racismo é crime! Queremos uma universidade livre, democrática, publica, gratuita e de qualidade para todos! E que nenhum calouro seja oprimido devido a esses trotes OPRESSORES!

1º ato contra as injustiças da copa em SP: repressão e a promessa “Na copa vai ter luta”!

            

                                    De João Pedro Mendonça do Coletivo Pra fazer diferente - UNICAMP



Neste 25 de janeiro, dos mais de 30 atos convocados em todo o Brasil contra as injustiças da copa do mundo, São Paulo protagonizou o maior deles e, coincidentemente, o mais reprimido.Foram 3.000 manifestantes que se concentraram às 17h no MASP, onde estava armado um acampamento de ativistas, que tomaram as ruas da capital paulista. Independentes ou com os seus coletivos e organizações, sejam estudantis, de professores, bancários, trabalhadores da saúde ou como os sem-tetos do acampamento Esperança de Osasco/SP, ativistas do combates às opressões como as mulheres do MML, negros do Quilombo Raça e Classe, todos juntos entoavam gritos denunciando que no país da copa o que está em jogo é o desdém de todos os governos aos problemas da população e que o mega-evento só tem desgraçado ainda mais essa dura realidade.

Faltam menos de 5 meses para a abertura da copa e aparentemente as reivindicações de junho foram esquecidas por Dilma Roussef. Enquanto a presidente repete todos os dias que “Vai ter copa”, a juventude e os trabalhadores seguem perguntando se vai ter educação, saúde, transporte e moradia de qualidade? A resposta nos é negativa, pois quando olhamos apenas para os gastos dos estádios, estes já ultrapassam em 50% a previsão inicial, por conta da corrupção e dos superfaturamentos das obras. Vemos então, mais dinheiro público que deveria ir para os serviços públicos, sendo gentilmente entregue as empreiteiras e outros tantos setores privados envolvidos com a Copa, que o povo brasileiro assistirá em casa.

Pra defender a Copa dos ricos e o país das injustiças: muita repressão!


Os governos teimosos em não atenderem às justas reivindicações, vêm mostrando como pretendem dialogar, com repressão! Mas ontem, a Polícia Militar de Geraldo Alckmin se superou e passou dos limites! Antes do ato, cada quarteirão da extensa Avenida Paulista contava com cerca de 15 policiais militares e com outras centenas acompanhando o ato desde a sua concentração, completando cerca de 2.000 soldados destacados para a operação.

A manifestação seguia até à Praça Ramos e passava pelo Theatro Municipal pacificamente até que a PM atacou suas primeiras bombas e uma grande nuvem de fumaça se formou sobre os manifestantes. Independente do pretexto utilizado pela PM em atacar, ela estava decidida em acabar com o ato, pois quando os manifestantes tentavam sair da confusão, se deparavam com todas as ruas ao redor cercadas com destacamentos policiais.

Quem seguia pelo centro de São Paulo via o clima de terror instaurado pela PM na sua caça aos manifestantes, deixando ruas intransitáveis pelo gás de lacrimogêneo, viaturas por todo o lado, detendo 135 manifestantes e alvejando com duas balas de arma de fogo o estudante da Unifesp, Fabrício, que encontra-se hospitalizado em estado grave na UTI.

Dilma e Alckmin, suas bombas não nos calarão!


A desmedida atuação da PM de Alckmin só fez aumentar o ódio à essa famigerada instituição filha da ditadura militar e aumentar o volume do grito pela imediata desmilitarização das polícias. Contudo, sabemos bem que a atuação da polícia contava com uma motivação política de impedir a manifestação de acontecer e terminar tranquilamente, pois Dilma e Alckmin não querem que a população retome o gosto de tomar as ruas massivamente como fez em Junho do ano passado e ameace a realização da Copa do Mundo. 

Mas são eles que dia após dia, manifestação após manifestação, não param de nos dar motivos para saírem às ruas em defesa dos nossos direitos e do futuro que sonhamos! 

A próxima manifestação em São Paulo contra as injustiças da Copa do Mundo já está marcado para 22 de fevereiro, e com ela o recado para a truculência dos governos: Na copa vai ter luta!