28 de junho de 2013

Vitória na UNESP mostra o caminho!


Arielli Tavares Moreira, DCE da USP e Executiva Nacional da ANEL

            No dia 27 de junho, última quinta-feira, os estudantes em greve da UNESP ocuparam a reitoria da universidade. Às 23h, após um dia de debates e uma longa reunião de negociação com a vice-reitora¸ a comissão de negociação estudantil anunciou a vitória do movimento: a reitoria acatou uma parte das reivindicações.
            Depois de mais de setenta dias de greve e inúmeras negociações frustradas, os estudantes derrotaram a reitoria, o CRUESP e o governo do estado, e conquistaram uma série de pautas que, antes, pareciam impossíveis de serem atingidas.
            As principais conquistas foram:
1)      Atendimento total da demanda de bolsas (447 BAAE I e 36 Auxílios Aluguéis);
2)      Pagamento retroativo aos estudantes que migraram das bolsas BAAE I, no valor total de 71 mil reais;
3)      Incluir um Plano de Obras específico para permanência estudantil, priorizando a construção de moradia e RU para todos os campi que ainda não têm, no próximo Plano Orçamentário da UNESP;
4)      Aumento da verba para os cursinhos pré-vestibular, com repasse imediato para o 2º semestre;
5)      Garantir que os alunos dos cursinhos pré-vestibular tenham acesso aos laboratórios de informática, RUs e bibliotecas da universidade.

        Muitas pautas importantes ainda não foram atendidas. Mesmo com essa primeira vitória, os estudantes da UNESP vão seguir em greve e mobilizados nos campi, pressionando a reitoria e os diretores de unidade.
        O movimento estudantil da UNESP está se reorganizando e se fortalecendo em todo esse processo.  Por isso, é fundamental seguir lutando até o fim de todas as sindicâncias e punições aos estudantes, e pela legalização do DCE e da representação discente.

A onda de protestos que sacode o país e o movimento estudantil

        Por que, depois de tanto tempo em greve, a reitoria foi obrigada a atender nossas reivindicações? Por que agora, no final do semestre, quando muitas unidades já estão em férias, a reitoria recuou? Dois elementos combinados explicam a vitória dos estudantes da UNESP. Por um lado, a combatividade do movimento estudantil unespiano, que organiza uma grave há mais de dois meses, com ocupações nos campi, atos de rua e muita mobilização de base. Por outro, a influência da nova realidade brasileira, da onda de protestos que sacode o país, no interior das universidades e escolas.
           
        O ascenso que vive o Brasil, com milhões na ruas das principais cidades lutando por transporte público de qualidade, contras as injustiças da Copa do Mundo, por mais verbas para saúde e educação, contra a corrupção e à repressão estatal, colocou o conjunto da classe dominante e dos governos na defensiva.

        Como não poderia ser diferente, esse processo incide nas universidades e altera a correlação de forças entre o movimento estudantil e as reitorias. Abre-se, portanto, a possibilidade de mobilizarmos cada vez mais, politizarmos mais a intervenção das entidades estudantis e, por fim, conquistarmos mais vitórias. A conquista dos estudantes da UNESP foi só o começo.

        Contagiar o movimento estudantil com a ousadia das ruas

          É tarefa do conjunto das entidades estudantis organizar e mobilizar suas bases para os grandes atos de rua que vivenciamos nessas semanas, e que devem seguir ocorrendo em todo o país. No entanto, também é tarefa das entidades contagiar o movimento estudantil com a ousadia das ruas, aproveitando esse momento especial para convocar assembleias, debates e reorganizar os estudantes para lutar por suas reivindicações.

        Chegou a hora de unirmos os eventos do Facebook com panfletos e passagens em sala, realizar atividades estudantis em praças e parques, com aulas públicas que liguem as universidades à sociedade em ebulição. É hora de ocupar as ruas, universidades e escolas. A ANEL, com certeza, está a serviço desse objetivo... com sonhos e lutas se faz o futuro!
            

24 de junho de 2013

Não era só por 20 centavos: passe livre já, Brasil!

Nas últimas semanas, a juventude protagonizou uma histórica mobilização em diversas cidades brasileiras. A luta contra o aumento das passagens do transporte público atingiu imensas proporções, ganhando a opinião favorável da maioria da população e avançando para o questionamento sobre a situação dos direitos sociais e as imensas injustiças às quais os jovens e os trabalhadores são submetidos no país. Nós, da ANEL, fomos parte dessas mobilizações e apoiamos a luta dos jovens e dos estudantes em todo o Brasil.
Os jovens brasileiros ousaram lutar e conquistaram uma importante vitória. Revogamos o aumento das tarifas em cidades importantes do país! Mas, para isso, tivemos que enfrentar os governos e sua polícia. Foram centenas de manifestantes presos, machucados pela violência policial, perseguidos pela intransigência do governo e criminalizados nas mais diversas cidades do país. Somos frontalmente contra a repressão. Não vamos nos esquecer da violência e dos nossos presos políticos! Exigimos a liberdade imediata de todos os presos nas manifestações e o fim de todos os processos contra os ativistas, em todo o país! Temos direito à mais ampla liberdade de manifestação e de organização política!

A nossa luta ninguém segura! É fora Alckmin e sua ditadura!
Em São Paulo, centenas de manifestantes foram presos e feridos pela polícia militar de Alckmin, com a conivência e mesmo a aprovação do governo municipal e federal do PT. Não aceitaremos esse ataque ao nosso direito de manifestação! Derrotamos a violência da polícia na rua e vamos seguir em luta. Não esqueceremos e lutaremos para derrubar esse governo e sua ditadura!

Eu pago, não deveria, porque transporte não é mercadoria!
O transporte público é um direito fundamental, que deveria ser garantido a toda a população. O preço das passagens, porém, exclui uma parte importante dos jovens e dos trabalhadores deste direito. Quase 40% das viagens realizadas diariamente no país são feitas a pé. Uma parte expressiva da população brasileira simplesmente não tem dinheiro para utilizar o transporte público! Além disso, a qualidade do transporte é péssima. Ônibus superlotados, trânsito, aperto que coloca as mulheres emsituaçõesde assédios sexuais, além de uma malha ferroviária absolutamente insuficiente obrigam a população das cidades a gastar horas e horas no sufoco. Os trabalhadores do transporte também são submetidos a péssimas condições de trabalho, com baixos salários, uma carga horária muitas vezes extenuante e o fardo da dupla função.
Essa situação é insustentável, e mais de um milhão de pessoas foram às ruas para mudar essa realidade. Vencemos a luta contra o aumento das passagens, e agora queremos avançar!

Ô Haddad, que papelão: abraçou o Maluf e aumentou o busão!
Em São Paulo essa situação é categórica. Nos últimos oito anos, o número de passageiros transportados em ônibus na cidade aumentou em 80%, mas a frota diminuiu, mesmo com o valor arrecadado com as passagens tendo aumentado em 30%. Isto é, os paulistanos pagam mais caro, mas têm acesso a menos ônibus e em menos viagens. A população chega a passar 4 horas diárias presa em um transporte público caro e de péssima qualidade.
Haddad, do PT, prometeu que iria garantir transporte mais barato e de mais fácil acesso. Porém, priorizou seus acordos com os grandes empresários do transporte e aumentou a tarifa. Após a mobilização de centenas de milhares de pessoas, derrubamos o aumento!

Três reais não dá! Eu quero passe livre já!
Nós, da ANEL, defendemos a aplicação do passe livre para estudantes, jovens, desempregados e aposentados imediatamente.
Muitos jovens são obrigados a largar os estudos por não terem dinheiro para se locomover todos os dias até suas escolas. Outros tantos não têm acesso a eventos culturais e ao lazer porque não podem pagar. Os jovens pobres têm seus direitos restringidos por essa tarifa abusiva do transporte público!
Já há capitais brasileiras onde o passe livre para estudantes é garantido, como Cuiabá e Rio de Janeiro. Defendemos o passe livre estudantil já nacionalmente, e a ampliação deste direito a todos os jovens, trabalhadores desempregados e aposentados!

Da Copa eu abro mão! Eu quero mais dinheiro pra transporte, saúde e educação!
Os governos insistem em dizer que não têm dinheiro para investir nos direitos sociais, e que por isso o passe livre para estudantes seria impossível. Mas isso é falso.
Só em gastos com a Copa do Mundo, já são 28 bilhões de reais que saem dos cofres públicos. Com este valor, seria possível construir mais de 90 mil postos de saúde completamente equipados, comprar cerca de 350 mil ambulâncias equipadas ou contratar mais de 2 milhões de professores por ano. Apenas a prefeitura de São Paulo já destinou R$420 milhões para a construção do Itaquerão.  Além disso, são crescentes os gastos com os privilégios dos políticos e funcionários públicos de alto escalão.
O dinheiro público deve ser destinado aos direitos da juventude e dos trabalhadores brasileiros! Seguiremos na luta pela melhoria dos serviços públicos! Defendemos que os políticos e funcionários do alto escalão do poder público recebam o mesmo que um trabalhador qualificado!

Dança, Haddad, dança até o chão, agora a luta é pela estatização!
No próximo mês, a prefeitura de São Paulo irá renovar a concessão do transporte público da cidade. Mais uma vez, o governo entregará a empresas privadas a responsabilidade – e os lucros – da operação do transporte da cidade.
O projeto de licitação prevê o aumento da quantidade máxima de usuários por metro quadrado nos ônibus. Hoje, um ônibus pode, segundo a licitação vigente, transportar 5 passageiros por metro quadrado. A partir da nova concessão, este valor passará a 6 usuários por metro quadrado. Ou seja, a lotação dos ônibus aumentará!
Além disso, o lucro dos empresários seguirá sendo previsto no contrato da concessão. A prefeitura garantirá, com o dinheiro das tarifas pagas pelos usuários e pelo subsídio com dinheiro público, que os empresários sigam com seu lucro intacto.
Mais uma vez, o transporte público será tratado como uma mercadoria, e bastante lucrativa. Nós somos contra essa concessão! O transporte público deve ser responsabilidade do Estado e estar a serviço e sob o controle dos trabalhadores e usuários.
A ANEL defende a estatização do transporte público, sem indenização aos empresários. Basta de o dinheiro do povo ser usado para o lucro de poucos empresários! A revogação do aumento é uma grande conquista do movimento e não pode vir com subsídios retirados de outros direitos, como propõem Haddad e Alckmin!  Se a prefeitura utilizar o dinheiro gasto com o subsídio às empresas privadas em investimentos nas áreas sociais, deixando também de entregar bilhões de reais aos banqueiros por meio do pagamento da dívida pública, poderá garantir um transporte público, de qualidade e gratuito para toda a população!

Até a tarifa já baixou, Feliciano sua hora já chegou!
O governo Dilma já deixou clara sua opção por manter sua aliança com os grandes empresários do Brasil e do mundo. A Copa do Mundo é a grande demonstração das consequências dessa opção do governo do PT: bilhões de reais para os empresários e cortes e mais cortes para os direitos sociais. Mas essa opção não para por aí.
O PT entregou a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara para Marco Feliciano, reconhecido por suas posturas opressoras e reacionárias. O deputado, agora, acaba de aprovar o projeto da “Cura Gay”, um grande retrocesso na luta contra a homofobia e as opressões.
A ANEL reafirma sua luta pelo Fora Feliciano e contra toda forma de opressão! Lutamos pela separação entre o Estado e as igrejas: contra o repasse de dinheiro público para as igrejas, pelo fim do ensino religioso nas escolas e do acordo Brasil-Vaticano!

Vem pra rua vem, contra o governo!
A ANEL São Paulo faz um chamado aos estudantes, às entidades estudantis e coletivos de todo o país para seguirmos na luta. Já passamos de um milhão de manifestantes. Com ousadia e força, podemos parar o país!

Passe livre já, Brasil!
Não à concessão do transporte público em São Paulo! Pela estatização do transporte público, sem indenizações!
Liberdade imediata de todos os presos nas manifestações e fim de todos os processos, em todo o país!
Basta de injustiça social no Brasil! Chega de tanto dinheiro pra Copa e cortes nos direitos sociais! 10% do PIB para a educação pública e 2% para o transporte público já!
Que os políticos e funcionários do alto escalão do poder público recebam o mesmo que um trabalhador qualificado!
Fora Feliciano! Basta de machismo, racismo e homofobia! Pela separação entre o Estado e as Igrejas!


11 de junho de 2013

12 mil vão as ruas em São Paulo contra o aumento das passagens do transporte


 
A juventude da cidade de São Paulo está protagonizando uma grande luta contra o abusivo aumento do metro, onibus e CPTM anunciado ha 1 semana pelo governo do Estado(PSDB) e pela prefeiuta da cidade(PT). Além dos abusivos aumentos soma-se a isso a pessima qualidade no transporte da cidade, cujo principal problema é a superlotação de onibus, metros e trens.

Hoje tivemos mais uma demonstração de força com um ato que fez um trajeto por vias importantissimas do centro da cidade contando com a participação de mais de 12 mil pessoas.

Infelizmente, quando o movimento se aproximou do terminal de Onibus Pq Dom Pedro a policia começou a reprimir violentamente a manifestação pacifica, tentando dividir o ato. Reafirmando a força de nossa manifestação o ato se manteve forte e unificado até que a tropa de choque foi acionada e todo o ato foi dispersado de forma extremamente violenta na Pça da Sé.
Posteriormente, uma parte bem menor do ato se dirigiu até a Av. Paulista, uma das avenidas mais importantes da cidade, e quando o ato ja se preparava para acabar mais uma violenta repressão da polícia atingiu os jovens presentes. Cerca de 20 estudantes foram levados presos e a polícia pede 20 mil reais de fiança para cada um deles.

A ANEL repudia toda e qualquer forma de agressão ao movimento e exigimos a libertação de todos os ativistas detidos!
Repudiamos também a postura truculenta de Alckimin e a postura conivente da prefeita atual, Nadia Campeão do PCdoB
 O prefeito Fernando Haddad do PT está viajando durante essa semana, defendendo a candidatura do Brasil para sediar um evento internacionacional de grande porte, aproveitando a visibilidade que o pais está conseguindo com a Copa do Mundo da Fifa.
 Apesar do número expressivo de participantes, representando o descontentamento e a indignação da maioria da população, a prefeita atual autorizou toda a repressao contra todos os manifestantes e não tomou nenhuma medida efetiva para revogar esse aumento.

Quinta-feira é dia de luta nacional contra o aumento da passagens!

A juventude brasiileira está parando o país nas ultimas semanas. A ANEL está ao lado de todas essas lutas e estamos impulsionando com força total o dia de luta nacional contra o aumento das passagens e o lançamento da campanha " Contra o aumento das passagens! Passe livre ja, Brasil! na quinta-feira dia 13/06!

Quinta-feira iremos organizar atos em diversas capitais do pais. Acompanhe aqui o calendário!

E veeemm! Vem pra rua, vem! Contra o aumento, você também!

Amanha vai ser maior!

A LUTA CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS É DE TODA A POPULAÇÃO



Nós, estudantes e trabalhadores, escrevemos essa carta para reafirmar nossa postura de

unificação entre toda a população contra o aumento das passagens, que para nada reflete na

melhoria do transporte público ou nas condições de trabalho do transporte.

Os metroviários estão junto aos estudantes e outros trabalhadores na luta contra o aumento

das passagens. Neste ano, a categoria participou da luta contra o aumento desde o começo.

Durante a campanha salarial usaram coletes contra o aumento das passagens, lançaram várias

cartas abertas sobre o tema e participaram das manifestações.

Qualquer atitude de enfrentamento aos metroviários enfraquece o movimento, não favorece

a luta contra o aumento de tarifa e não tem o nosso apoio. Pois essa unidade contra quem

realmente nos ataca, os governos Haddad e Alckmin e os empresários de ônibus e da L4, é

fundamental pra termos sucesso.

Estamos juntos com os trabalhadores metroviários e chamamos os demais trabalhadores e

estudantes a se incorporarem nos nossos atos e na nessa luta conosco!

 
Frente de Luta contra o aumento da passagem

Assinam essa carta:

MPL -SP

Sindicato dos Metroviários de São Paulo

CSP- CONLUTAS

 DCE- livre da USP,

Subsedes da APEOESP de São Miguel, Santo Amaro, Lapa, Itaquera e Tatuapé

Oposição Alternativa APEOESP

Unidos para lutar

ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre)

Juntos por outro futuro

Rompendo Amarras

Luta popular

Terra livre

Tribunal Popular

Coletivo Pra Além dos Muros

Rede Emancipa de Cursinhos populares

PSTU

PSOL

Manifesto da Frente de luta contra o aumento da passagem




 
No dia 02 de Junho o Prefeito Haddad do PT e o govenador do Estado, Alckmin do PSDB, anunciaram juntos mais um aumento no valor da tarifa do ônibus, trem e metrô para R$ 3,20.

Divulgado como sendo um reajuste abaixo da inflação, criou-se um discurso de que a população foi poupada de um acréscimo ainda maior. Isso é mentira! O reajuste é muito acima da inflação acumulada e TODO AUMENTO É INJUSTO! A passagem já está muito cara e os serviços são de péssima qualidade


MAIS UM AUMENTO EU NÃO AGUENTO!
As últimas gestões municipais de São Paulo deixaram o transporte em uma situação calamitosa. Não por acaso, o discurso de Fernando Haddad (PT) durante as eleições foi acabar com a exclusão da mobilidade na cidade. No metrô e na CPTM a situação não é diferente, é revoltante compararmos a malha ferroviária em nossa cidade (60km) com a de outras capitais do mundo como Cidade do México (200km), por exemplo, onde a proporção populacional é bem menor.

No entanto, com esse aumento vemos a mesma lógica se perpetuando, ano após ano, toda a preocupação dos governos é garantir que se mantenham os altíssimos lucros dos empresários do transporte que transformaram nosso direito à cidade em mais uma mercadoria!

 

A luta contra o aumento da passagem é também a batalha por outro tipo de transporte, que seja público, de modo que não sejamos reféns da ganância das empresas de transporte e que permita com que a população tenha maior acesso à cidade, usufruindo mais dos serviços públicos, como: saúde, educação, cultura e lazer.


Vimos recentemente uma importante vitória que reverteu o aumento na cidade de Porto Alegre; assim como em 2011 em Teresina e 2005 em Vitória. Nestas cidades a articulação entre trabalhadores, estudantes, sindicatos e movimentos sociais cumpriu papel significativo para conseguirem esta vitória. Agora é a nossa vez! Estamos articulando uma frente entre amplos setores de trabalhadores, estudantes e demais movimentos sociais da cidade para resistir a esse aumento. Chamamos toda a população a lutar pela reversão do aumento da tarifa em São Paulo e a transformar toda nossa indignação individual em um ato de protesto coletivo, nas ruas da cidade, queremos todos juntos demonstrando uma só opinião: SE A TARIFA NÃO BAIXAR A CIDADE VAI PARAR!

 
MPL -SP

Sindicato dos Metroviários de São Paulo

CSP- CONLUTAS

DCE- livre da USP,

Sub-sedes da APEOESP de São Miguel, Santo Amaro, Lapa, Itaquera

ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre)

Juntos por outro futuro

Rompendo Amarras

Luta popular

Terra livre
 
MTST
 
Tribunal Popular

Coletivo Pra Além dos Muros

Rede Emancipa de Cursinhos populares

PSTU

PSOL
 

9 de junho de 2013

Terça-feira 11/6 é dia de luta nas Estaduais Paulistas

A mobilização dos três setores das Universidades Estaduais Paulistas tem aumentado a cada semana. Nessa terça feira, dia 11 de Junho, foi tirado um dia unificado de lutas onde cada Universidade mostrará a força que tem! Em boletim do dia 6 de Junho, o Fórum das Seis (entidade que agrega os sindicatos de trabalhadores e professores da USP, Unesp e Unicamp) convocou atos nas três reitorias para terça-feira, quando haverá também paralisações e outras atividades na USP, Unesp e Unicamp.
Na Unesp o processo é mais forte e radicalizado, somando, ao todo, 9 campus em greve estudantil e 13 campus em greve de servidores. A paralisação já atinge as 3 categorias: estudantes, professores e técnicos Administrativos. Entre as reivindicações, estão:
- Plano de permanência estudantil, com base nas reivindicações constantes na Pauta Unificada 2013. - Reajuste salarial de 11% para servidores técnico-administrativos e docentes. - Isonomia de pisos e benefícios. - Não ao Pimesp. - Paridade entre os três segmentos nos órgãos colegiados da Universidade. - Não à repressão aos movimentos sociais.

Na USP foi aprovada em assembléia paralisação estudantil, para incorporação ao chamado do Fórum das Seis, atividades nos cursos pela manhã e atividade do DCE com ADUSP, SINTUSP e APG à noite. Haverá também paralisação dos funcionários, pela reabertura das negociações com o CRUESP.

Na Unicamp, haverá paralisação de funcionários e ato em frente à Reitoria, contra o PIMESP e por isonomia salarial nas estaduais paulistas. Os estudantes se incorporarão, em apoio às pautas da UNESP e com paralisação no IFCH.

A ANEL-SP apoia e se incorpora às mobilizações nas 3 estaduais paulistas! Vamos, juntos, derrotar o PIMESP e fortalecer a luta por assistência e permanência estudantil, cotas e democracia nas universidades!

O Governo Alckimin do PSDB e o prefeito Haddad do PT anunciaram juntos o aumento nas tarifas do transporte público da cidade de São Paulo, no metro, ônibus e CPTM desde o dia 2 de junho

Mais um aumento no transporte público em nossa cidade aconteceu na ultima semana e acontece ao mesmo tempo em dezenas de capitais do país, como Natal-RN, Goiania-GO, Teresina-PI. E também no Rio de Janeiro e muitas outras. A ANEL esteve na linha de frente dessas lutas e em todas essas cidades há duas características de saltam aos nossos olhos. A primeira delas é que em todo o país, se revela o compromisso das prefeituras e governos em garantir os lucros das empresas do transporte, reafirmando mais uma vez a lógica que já é presente na saúde e na educação que é a transformação de nossos direitos em mercadorias. Além do fato de nenhum desses governos terem um verdadeiro compromisso com os trabalhadores e jovens do país!
A segunda característica é a força das mobilizações da juventude em conjunto dos trabalhadores e da população em geral contra esse absurdo, seja participando dos atos massivos ou apoiando de diversas formas o fato é que ninguém está disposto a engolir o desrespeito que significam esses aumentos.
SE A TARIFA NÃO BAIXAR SÃO PAULO VAI PARAR!



É nesse espírito que os jovens de São Paulo iniciaram na ultima quinta-feira(06/06) suas manifestações de protesto ao aumento da passagem na capital. O ato foi convocado pela internet e articulado por uma frente ampla composta por diversas entidades e coletivos, como o Sindicato dos Metroviarios de São Paulo, o MPL(Movimento Passe Livre), a CSP-CONLUTAS, DCE da USP e diversas outras organizações como o MTST, Luta popular e Tribunal popular. (link para manifesto unificado) Para além da ampla articulação que já expressa a força do movimento, o fator determinante para essa vitória foi a participação dos estudantes e trabalhadores que fizeram um ato com cerce de 4500 pessoas saindo do centro da cidade no teatro municipal, indo até a prefeitura, descendo a 23 de maio, a 9 de julho e, por fim, chegando ao fim na Avenida Paulista.
REPRESSÃO E VIOLENCIA POLICIAL

Durante toda a manifestação que foi organizada de maneira pacifica a polícia, a mando do governador Alckimin do PSDB, jogou bombas sobre o ato com o objetivo de diminui-lo e, principalmente dividi-lo para tornar mais fácil sua dispersão. No entanto, a força do movimento se sobrepôs a essa primeira tentativa da polícia e o ato seguiu até seu destino final com mais de 4000 estudantes presentes.
Infelizmente, quando o ato já havia chegado ao fim, a polícia covardemente abriu fogo contra os manifestantes, com gás de pimenta, bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha. Muitos estudantes procuraram se esconder dentro de um shopping e alguns foram presos dentro do próprio shopping pela polícia, que entrou dentro do estabelecimento, inclusive jogando bombas e levou presos cerca de 15 estudantes. Da mesma forma, Altino Prazeres, presidente do sindicato dos metroviários, foi preso enquanto negociava com a polícia. 
A ANEL- SP repudia toda e qualquer forma de repressão contra o movimento e denuncia a truculencia do governador e do Prefeito de São Paulo que se utilizam da força para tentar desmobilizar a voz dos estudantes. 
TERÇA-FEIRA VAI SER MAIOR!
Na sexta-feira, 07/06, apenas um dia apos o primeiro ato foi chamada uma nova manifestação pública em outra ponto da cidade que também se demonstrou uma grande vitória, mais um ato que reuniu cerca de 4000 estudantes e ocupou uma via de acesso a marginal Pinheiros, uma das principais vias de acesso a capital do Estado. 
Com essa semana de mobilização os estudantes deixaram claro que não irão aceitar o aumento das passagens e irão as ruas para exigir sua revogação e, principalmente que estamos apenas começando!

O próximo grande ato está marcado para 3ª feira(11/06) as 17h na Pça do Ciclista! 
Não deixe de participar! A ANEL - SP irá se reunir as 16h na Pça do Ciclista para uma oficina de materiais e cartazes para o ato, iremos distribuir apitos para que a população que aprova nossa manifestação também possa se expressar e pintar camisetas vermelhas com frases da campanha pela revogação do aumento, traga a sua camiseta e vem com a gente!